Por que o Brasil é um fracasso no Oscar?
- Porque indicamos mal
O Oscar não pode indicar simplesmente qualquer filme brasileiro, uma comissão da Academia Brasileira de Cinema é quem escolhe um único representante do país.
A Academia Brasileira ano após ano erra nas indicações. Exemplo disso são os filmes de Kleber Mendonça, que não produz filmes do tipo que os jurados do Oscar preferem. Basta assistir o indicado desse ano para entender.
O que precisamos é de uma estratégia de marketing eficaz. Quem escolheu filmes de Kleber Mendonça, que aliás é um excelente diretor, não entende nada de marketing. Um filme de Kleber Mendonça (pelo menos até agora) não tem a mínima chance de ganhar um Oscar, basta assistir o indicado desse ano para entender.
2. Faltam filmes realmente bons
O Brasil produz anualmente entre 90 a 100 filmes.
Produzir cada vez mais filmes popularescos buscando bilheteria não está funcionando. A participação de mercado dos filmes nacionais, que era de 13,3% em 2019, foi para 4,2% em 2022 e está em apenas 1,4% em 2023.
Filmes populares são necessários para sustentar a indústria, mas produções de qualidade são fundamentais para sermos respeitados como um grande pais de produção artística como fazemos com as novelas.
E obvio, para termos alguma chance no Oscar.
3. Falta investimento
O cinema nacional passa por dificuldades, pela falta de investimento, falta de políticas de incentivos. Não temos recursos para grandes campanhas, como outros filmes de outros países, que, além de festas e coquetéis, promovem eventos extraordinários para lançá-los na competição.
Mas um filme realmente bom precisa de tudo isso?
Não é o Oscar que decide se um filme brasileiro é bom ou ruim. É o público!
Aqui caímos no paradoxo: não fazemos filmes bons porque não temos dinheiro, ou não conseguimos dinheiro porque não fazemos filmes bons.
4. Achar que é impossível concorrer com Hollywood.
Filme brasileiro não tem que competir com filme hollywoodiano porque são duas coisas diferentes. O público entende perfeitamente isso, tem publico para os dois tipos de filmes e muitas vezes o mesmo publico.
O que precisa é fazer filme bom, entender os diferentes tipos de público e aplicar uma estratégia correta de marketing.
5. Filmes do tipo intelectual, temática social, estética da pobreza são bacanas, mas é nicho.
Nosso cenário hoje é: ou produzimos filme popularescos de péssimo gosto, ou cinema intelectual, ou com estética da pobreza.
99% das pessoas não se interessa, não entende ou simplesmente não tem paciência para esse tipo de filme. Sigam fazendo, é importante, mas pe preciso entender que é nicho.
A intelectualidade do cinema brasileiro acha que são a “resistência” ao não arredar pé do cinema do tipo intelectual ou com a estética social. É legal, necessário, mas dá para flexibilizar. A ditadura acabou, a pobreza nunca vai acabar e Hollywood não tá nem aí para nós. Podem sair da trincheira.
Será que não dá para fazer algo pop de qualidade?